(CAUP) Todos os dias, cerca de 100 toneladas de meteoroides passam na atmosfera da Terra. Se durante uma noite sem nuvens, olhar para o céu noturno, durante uma meia hora, é provável que veja um destes meteoros ou mesmo uma bola de fogo (fireball) a cruzar o céu. No entanto, não se sabe exatamente de onde vem todo este material.
Será que aquele meteoro que viu passar veio da cintura de asteroides, será que é uma poeira deixada por um cometa, será que é um pedaço de lixo espacial?
O departamento da NASA dedicado aos meteoroides, o NASA-MEO, está a tentar responder a estas questões usando grupos de câmaras de vídeo que funcionam em rede para triangular e acompanhar as trajetórias dos meteoros. “Com este sistema seremos capazes de registar cada grande meteoroide e fireball que entre na atmosfera em alguns locais dos EUA”, afirma William Cooke, chefe do NASA-MEO.
Esta rede de deteção de meteoros é diferentes das já existentes pois usa um software desenvolvido pela Universidade de Western Ontario e pela NASA para processar a informação e assim determinar as órbitas e mesmo a origem das fireball. As primeiras três câmaras da rede já estão a funcionar e a equipa terá em breve 15 câmaras a operar a este do rio Mississipi, com planos de expansão a todo o país. Escolas, Centros de Ciência e Planetários nos EUA poderão receber estas câmaras se assim o quiserem, basta que tenham um bom local para as colocar.
O sistema também é capaz de fornecer informação sobre a velocidade do meteoro em função do seu tamanho, o que é importante, por exemplo, para calibrar modelos que são usados na construção de sondas espaciais. Ao determinar a trajetória através da atmosfera, o software consegue calcular se o meteorito cairá na Terra e prever o local de impacto. Mas as oportunidades de realmente conseguir recolher um meteorito serão raras, pois a maior parte cai no mar ou em lagos, florestas ou na Antártica.
Cooke sugere ainda, a todos os que queiram observar meteoritos nos locais onde habitam que façam o seguinte: “Numa noite de céu limpo, deitem-se de costas a olhar para o céu noturno. Os nossos olhos levam 30 a 40 minutos a habituarem-se à escuridão, portanto, seja paciente. Ao olhar diretamente para cima poderá até ver meteoros a passar com a visão periférica. Não precisa de nenhum equipamento especial, basta olhar”.
Glossário:
Chuva de Meteoros - Grupo de meteoros com trajetórias aproximadamente paralelas. Os meteoros que pertencem a uma mesma chuva parecem ter origem no mesmo radiante;
Fireball (ou Bola de Fogo) - meteoro brilhante com uma magnitude visual aparente de -4 mag ou ainda mais brilhante;
Meteorito - Objeto não artificial de origem extraterrestre (meteoroide) que consegue passar através da atmosfera e chegar à superfície terrestre;
Meteoro - fenómeno luminoso que resulta da entrada na atmosfera da Terra de uma partícula sólida proveniente do espaço;
Meteoroide - Objeto sólido que se move no espaço interplanetário, com uma dimensão muito menor do que um asteroide mas consideravelmente maior do que um átomo ou uma molécula;
Radiante - O ponto de onde no céu de onde parecem surgir os meteoros de uma chuva de meteoros específica.
Será que aquele meteoro que viu passar veio da cintura de asteroides, será que é uma poeira deixada por um cometa, será que é um pedaço de lixo espacial?
O departamento da NASA dedicado aos meteoroides, o NASA-MEO, está a tentar responder a estas questões usando grupos de câmaras de vídeo que funcionam em rede para triangular e acompanhar as trajetórias dos meteoros. “Com este sistema seremos capazes de registar cada grande meteoroide e fireball que entre na atmosfera em alguns locais dos EUA”, afirma William Cooke, chefe do NASA-MEO.
Esta rede de deteção de meteoros é diferentes das já existentes pois usa um software desenvolvido pela Universidade de Western Ontario e pela NASA para processar a informação e assim determinar as órbitas e mesmo a origem das fireball. As primeiras três câmaras da rede já estão a funcionar e a equipa terá em breve 15 câmaras a operar a este do rio Mississipi, com planos de expansão a todo o país. Escolas, Centros de Ciência e Planetários nos EUA poderão receber estas câmaras se assim o quiserem, basta que tenham um bom local para as colocar.
O sistema também é capaz de fornecer informação sobre a velocidade do meteoro em função do seu tamanho, o que é importante, por exemplo, para calibrar modelos que são usados na construção de sondas espaciais. Ao determinar a trajetória através da atmosfera, o software consegue calcular se o meteorito cairá na Terra e prever o local de impacto. Mas as oportunidades de realmente conseguir recolher um meteorito serão raras, pois a maior parte cai no mar ou em lagos, florestas ou na Antártica.
Cooke sugere ainda, a todos os que queiram observar meteoritos nos locais onde habitam que façam o seguinte: “Numa noite de céu limpo, deitem-se de costas a olhar para o céu noturno. Os nossos olhos levam 30 a 40 minutos a habituarem-se à escuridão, portanto, seja paciente. Ao olhar diretamente para cima poderá até ver meteoros a passar com a visão periférica. Não precisa de nenhum equipamento especial, basta olhar”.
Glossário:
Chuva de Meteoros - Grupo de meteoros com trajetórias aproximadamente paralelas. Os meteoros que pertencem a uma mesma chuva parecem ter origem no mesmo radiante;
Fireball (ou Bola de Fogo) - meteoro brilhante com uma magnitude visual aparente de -4 mag ou ainda mais brilhante;
Meteorito - Objeto não artificial de origem extraterrestre (meteoroide) que consegue passar através da atmosfera e chegar à superfície terrestre;
Meteoro - fenómeno luminoso que resulta da entrada na atmosfera da Terra de uma partícula sólida proveniente do espaço;
Meteoroide - Objeto sólido que se move no espaço interplanetário, com uma dimensão muito menor do que um asteroide mas consideravelmente maior do que um átomo ou uma molécula;
Radiante - O ponto de onde no céu de onde parecem surgir os meteoros de uma chuva de meteoros específica.
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