terça-feira, 15 de outubro de 2013

Chuva de meteoros enfeita o céu até o próximo mês

Preste atenção no céu! A constelação de Órion – casa das conhecidas Três Marias – proporcionará até o próximo mês um show de estrelas cadentes


(Agência Ciência Web) O planeta Terra vai receber até o dia 25 de novembro a chuva de meteoros conhecida como Oriônidas – nome que deriva da constelação de Órion, perto da estrela Betelgeuse, estrela vermelha mais brilhante da constelação. O fenômeno terá seu ápice nos dias 21 e 22 de outubro, porém as condições de observação nesta época não serão favoráveis, pois a Lua estará na fase cheia passando à minguante.

Esse fenômeno registra uma taxa típica de 20 a 25 meteoros por hora – o que pode ser visto em uma noite escura e de céu limpo, longe de qualquer luz artificial. O astrofísico e especialista em ensino de astronomia do Observatório Dietrich Schiel, da USP em São Carlos, André Luiz da Silva, explica que o melhor instrumento é o olho. “Melhor do que observar com binóculos ou telescópios. Isso porque o nosso olho consegue captar uma porção grande do céu de uma só vez, coisa que os instrumentos ópticos normalmente não conseguem. Além disso é recomendável que se observe longe das luzes da cidade, num local que tenha pouca luz artificial”.

Estrelas mais brilhantes do céu
A constelação de Órion é fácil de ser encontrada no céu, pois as famosas Três Marias fazem parte dela, formando o cinturão de Órion no centro da constelação. A constelação ainda tem duas estrelas de grande brilho, que estão entre as 20 mais brilhantes de todo o céu, conhecidas como “estrelas de primeira magnitude”.

Em Órion há ainda uma das raras nebulosas que podem ser vistas a olho nu, a Nebulosa de Órion, que é uma região de intensa formação de estrelas.

Como ocorre uma chuva de meteoros?
Silva explica que uma chuva de meteoros ocorre quando a Terra, em sua órbita ao redor do Sol, intercepta partículas deixadas por cometas ou asteroides. Essas partículas entram na atmosfera da Terra e são chamadas de meteoróides. Na entrada, eles aquecem bastante o ar ao seu redor, formando a cauda luminosa que vemos. “Isso é o meteoro, que diferente do que é difundido em vários lugares, é apenas o rastro luminoso e não o corpo em si. Esses pequenos corpos são minúsculos, do tamanho de grãos de ervilha e vaporizam antes de chegar na superfície. Os maiores que conseguem chegar até a superfície recebem o nome de meteoritos”, explica o astrofísico.

As chuvas de meteoros não oferecem riscos à Terra e acontecem em praticamente todos os meses, algumas com mais intensidade e ampla visibilidade. As partículas normalmente são tão pequenas que nem conseguem chegar à superfície da Terra.

Um comentário:

  1. vi uma linha verde quase vertical a rasgar o céu na madrugada de 15 para 16 de outubro às 2h00 da manhã em lisboa. consegui encontrar registos, do que julgo ser o mesmo evento, na escócia e estados unidos. mais alguém viu em portugal?

    ResponderExcluir